Condomínios para idosos oferecem de tudo para quem tem mais de 60 anos

condomínio para terceira idade

Projetos voltados para quem tem mais de 60 anos de idade oferecem serviços de saúde e atividades especializadas

Construtoras e incorporadoras de cidades como São Paulo e Curitiba estão apostando em empreendimentos para o público de alta renda com mais de 60 anos de idade. Os condomínios, que começam a ser entregues no ano que vem, oferecem aos moradores atividades físicas e de lazer, assistência médica integrada e cuidadores. O metro quadrado chega a R$ 30 mil, e os condomínios, a R$ 6 mil.

Em área valorizada da região central de São Paulo, nos arredores de Higienópolis, a Naara, fundada por Joseph Nigri, inicia até o fim do ano a construção de um prédio com 68 unidades de até 145 metros quadrados.

O empreendimento terá parcerias com empresas que oferecerão atividades como hidroginástica e pilates, além de serviço de cuidador, motorista (cada serviço será cobrado a parte) e uma central de emergências médicas 24 horas incluída nos custos do condomínio.

O trabalho, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, analisou 23 países de alta renda e baixa mortalidade

O metro quadrado é estimado em R$ 28 mil, com condomínio de R$ 6 mil. Segundo dados da Loft levantados a pedido do GLOBO, em imóveis de alto padrão na região de Higienópolis o valor médio do metro quadrado é de R$ 12.300 e o condomínio, de R$ 2.800.

“A ideia é que o morador pague mais barato nos serviços (no sistema pay per use) do que se fosse contratar de forma direta”, diz Nigri.

Busca por terrenos

Marcelo Nudelman, CEO da Think Construtora, que também atua no empreendimento, diz que a ideia é levar o modelo a outros bairros de alta renda de São Paulo, como Jardins, Vila Mariana, Paraíso e Vila Nova Conceição: “Temos interesse em áreas nessas localidades”.

Em Curitiba, a construtora Laguna aposta no segmento e já comercializou 90% das unidades residenciais no bairro Alto da Glória, região central da capital paranaense. Serão duas torres, uma residencial e a outra comercial, equipada com consultórios e serviços de saúde.

A previsão é que as obras terminem em 2026, com 108 apartamentos de 42 a 83 metros quadrados. As unidades serão atendidas por uma central de emergências médicas, incluída no preço do condomínio, serviços de limpeza e organização e atividades de lazer. As unidades terão botão de socorro e fechaduras eletrônicas, para acesso facilitado de equipes de saúde.

O metro quadrado custa cerca de R$ 22 mil e o condomínio começa em R$ 1.500. Em bairros nobres de Curitiba, como no Batel, o metro quadrado em imóveis de alto padrão é de cerca de R$ 14.400 e o condomínio, de R$ 300, segundo dados da Loft.

“Só poderá morar ali quem tem acima de 60 anos de idade. Devemos lançar outro ainda neste ano”, diz o diretor geral da Laguna, André Marin.

A proposta chamou atenção do engenheiro elétrico Jorge Heller, de 61 anos. Há tempos ele procurava uma alternativa a uma casa de repouso para a mãe, a artista plástica Haydee Heller, de 82 anos. Eles adquiriram uma unidade de cerca de 83 metros quadrados e vão vender o apartamento onde Haydee mora atualmente, que tem 110 metros quadrados.

“Não queria colocar ela em um asilo. Ela é independente, dirige, faz pilates, pintura, artesanato, atividades que também serão oferecidas por lá. Ela queria continuar morando sozinha, mas, aos 82 anos, cada vez que viajo fico com o coração na mão, com medo de uma queda”, conta Heller.

Em fase inicial no Brasil

Outro projeto em Higienópolis, na capital paulista, é o da incorporadora Vitacon, conhecida pelos estúdios compactos. O CEO Ariel Frankel conta que o empreendimento terá 300 unidades de 30 a 80 metros quadrados. O condomínio será equipado com central para emergências, serviço de ambulância e apartamentos com botão de emergência, e serviços cobrados à parte, como fisioterapia, cuidadores e manicure, entre outros. O metro quadrado será na faixa de R$ 30 mil. O condomínio é estimado em R$ 3 mil.

CEO da Brain Inteligência Estratégica, consultoria voltada para o mercado imobiliário, Fábio Tadeu Araújo analisa que o mercado de senior living ainda engatinha no Brasil em comparação a países como Estados Unidos e nações europeias. Ele diz que o mercado começa pelo segmento de altíssima renda para depois crescer em escala e, com isso, chegar a mais camadas da população.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/

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