MP pede prazo maior para investigar ex-síndico acusado de desviar recursos em condomínio de Várzea Grande

morador antissocial expulso de condomínio

Promotor solicita ampliação do inquérito contra Giovanni Dutra Gomes, afastado do cargo após denúncia de peculato, fraudes contábeis e formação de quadrilha

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) solicitou à 2ª Vara Criminal de Várzea Grande a prorrogação do prazo para investigação do ex-síndico do Condomínio Parque Chapada dos Guimarães, Giovanni Dutra Gomes. Ele é acusado de desviar recursos condominiais, realizar pagamentos irregulares e fraudes contábeis durante sua gestão.

Giovanni foi destituído do cargo por decisão judicial no ano passado e responde a acusações que incluem peculato, fraude na prestação de contas e formação de quadrilha. Entre as suspeitas estão o depósito de valores do fundo do condomínio em sua conta pessoal, contratação de empresas ligadas a ele próprio e conluio com um ex-servidor do Departamento de Água e Esgoto (DAE-VG) para manipular o abastecimento hídrico.

Moradores do condomínio relatam que os problemas começaram em 2021, quando o local passou a sofrer desabastecimento frequente, levando à contratação constante de caminhões-pipa. Investigações indicam que essas contratações beneficiaram empresas criadas por Giovanni, como Tornec, Prime e LRD-PRIME, usadas para desviar recursos.

Além do inquérito criminal, tramitam ações cíveis questionando a legalidade da eleição de Giovanni, já que ele não seria proprietário de unidade no condomínio, e solicitando indenizações por prejuízos financeiros. Atualmente, aguarda-se decisão sobre a realização de auditoria para quantificar os danos.

Denúncias e indícios

Os moradores afirmam que, em 2021 e 2022, foram gastos valores excessivos com consertos de bombas d’água, caminhões-pipa e serviços hidráulicos. Foi descoberto que o e-mail de Giovanni constava como contato das empresas responsáveis pelos serviços, reforçando a suspeita de favorecimento e desvios.

De acordo com as denúncias, a empresa que realizava os consertos das bombas é vinculada ao proprietário da Prime, que presta serviços terceirizados ao condomínio. Além disso, pagamentos destinados ao fornecedor de caminhões-pipa constavam em conta do síndico afastado, indicando possível esquema de fraude.

Outro ponto suspeito envolve a LRD Terceirização, empresa de manutenção localizada em terreno próximo à casa do pai de Giovanni e com o mesmo endereço eletrônico do ex-síndico.

Os moradores destacam ainda que, em 2021, o condomínio gastou cerca de R$ 55 mil em consertos de bombas d’água, valor muito superior ao custo médio de R$ 6 mil para compra de uma bomba nova, sugerindo prejuízo financeiro evitável.

Além disso, foi constatada a participação de um ex-funcionário do DAE, Cícero, exonerado antes da reunião na assembleia geral, em negociações sobre o abastecimento de água, além de pagamentos suspeitos em seu nome.

A decisão judicial que afastou Giovanni ressaltou que há evidências claras da transferência irregular de recursos do fundo do condomínio para a conta pessoal do ex-síndico.

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/grande-angular/justica-do-df-suspende-derrubada-de-condominio-no-lago-sul#google_vignette

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