Decisão do condomínio do Bloco D da 105 Norte de retirar o parquinho gerou revolta entre moradores que defendem manutenção do espaço
Luiz Felipe Liazibra
Um parquinho infantil na Asa Norte tem gerado polêmica entre moradores. O condomínio do Bloco D da 105 Norte aprovou, nessa quarta-feira (26/2), a remoção do espaço de lazer na adjacência do prédio, por 14 votos a favor e 11 contrários.
Residentes do próprio Bloco D e de outros edifícios próximos que usam o parquinho e que são contra a medida começaram a se mobilizar contra o fim do ambiente para as crianças, instalado no local há 10 anos.
O parquinho tem horário de funcionamento e regras de convivência definidas, mas parte dos condôminos reclamam do barulho e defendem a remoção. O espaço, que sempre foi mantido pelo Bloco D, recebe crianças de toda a região.
Para a servidora pública Pétalla Timo, 36 anos, mãe de uma criança pequena e usuária frequente do local, o parquinho se tornou um bem público. “O parquinho é um espaço especial, voltado para crianças menores, com brinquedos apropriados para bebês. Também é muito bem cuidado e serve como ponto de encontro para aniversários das crianças e momentos de convivência”, afirmou.
As mães da quadra organizaram uma mobilização contra a remoção do espaço. O grupo se coloca à disposição do condomínio, inclusive para discutir outras soluções, como o compartilhamento da manutenção e da limpeza com a comunidade, para que os custos não fiquem exclusivamente com o Bloco D.
A Administração Regional do Plano Piloto, o Conselho Tutelar e o Ministério Público foram acionados para tentar impedir a remoção. Além disso, foi postado um abaixo-assinado digital para pressionar as autoridades para que a situação seja reavaliada. O documento contava com 1,2 mil assinaturas, até as 16h desta quinta-feira (27/2).
A reportagem tentou contato com o síndico do Bloco D, mas ele não quis se manifestar sobre o assunto.
Em nota ao Metrópoles, a administração do Plano Piloto explicou que a remoção de parques infantis deverá ser encaminhada com abaixo-assinado, firmado pela maioria dos moradores da quadra residencial e não somente do bloco.
Ressaltou, ainda, que caso a solicitação seja requerida por meio do representante, prefeitura ou associação de moradores é necessário o envio da ata de assembleia deliberando acerca do tema, para elaboração de relatório de vistoria e análise da situação. Por fim, disse que até o momento não consta nenhum pedido para retirada do parquinho que atende esses termos.